Essa frase é do livro A Morte é Um Dia que Vale a Pena Viver, mas poderia ter sido do seu vizinho. Da moça na cafeteria. Minha. Sua.
Em uma das conversas enquanto passeávamos no MASP, minha irmã me chamou a atenção para que os autorretratos demonstram preocupação, profundidade. E como isso destoava da felicidade das crianças.
Quando deixamos de ser feliz? Quando deixamos de buscar a leveza, a beleza nas pequenas coisas? Qual o momento em que perdemos o brilho no olhar e esquecemos de cultivá-lo novamente?
Em um vídeo recente da Karol Pinheiro e da Maqui Nóbrega elas trazem esse questionamento também.
Depois que começou 2020, entramos no modo sobrevivência e agora é um processo de voltar. Mas é possível voltar de onde paramos? Não somos mais os mesmos, mas quem somos agora? A melhor imagem que me vem, nesse momento, é de um carro que estava aquaplanando em uma curva suave, evitando a todo custo bater nos carros vizinhos, no muro, tentando se manter na pista, e sai da aquaplanagem. A tensão, o susto, o alívio. “Tá, posso voltar a movimentar o volante agora, vamos com calma, vamos lá.”
Quantas versões ficaram em stand-by, quantas outras surgiram e floresceram no meio tempo. Como revê-las, quais dar sequência, quais deixar para um outro momento e que novas possibilidades poderão surgir?
A vida talvez não volte mais pro rumo que estava naquele saudoso verão. Seguir por outros caminhos não significa que é errado, só que é diferente. Está diferente. E é buscando ser a sua melhor versão a cada dia que faz valer a pena.
É relembrar o que te faz feliz, o que faz seus olhos brilharem. É se propor a conhecer coisas diferentes, intrigantes, que gerem curiosidade.
O olho da criança brilha com a felicidade, com a contemplação, com a curiosidade.
Como então fazer de você mesmo uma pessoa mais feliz?
Deixe um comentário